Meu nome é Ana Clara, e participo da jufem Mairiporã do Regional Sudeste. Vim contar um pouquinho de como foi selar a Aliança de Amor no meio de uma pandemia mundial.
Nosso grupo começou a preparação no final de 2019, todas se empenhando fortemente para esse propósito. No ano de 2020, já no meio de nossa preparação, começou a pandemia. Sem reuniões presenciais e sem a vinculação física uma com a outra, foi ficando cada vez mais difícil.
Mesmo diante de todas as complicações, não desistimos. E, no começo do mês de agosto, Deus nos deu mais uma prova: a saída de nossa dirigente. Foram semanas muito difíceis, mas de muito empenho e força.
“E agora? No meio de uma pandemia, sem reuniões físicas e sem uma dirigente, como vamos fazer?” Foi aí que decidimos prestar atenção no agir de Deus para o momento e tomar uma grande decisão: continuar ou não? Marcamos uma reunião definitiva com o tema “vens comigo?”.
No meio de todas essas tempestades, veio uma proposta de selar a Aliança no ano de 2021, mas nós confiamos na Divina Providência, e entregamos tudo como Capital de Graças, decidindo, assim, selar no ano de 2020.
Lembro que associamos muito a primeira Aliança de Amor dos congregados com a nossa; pois eles tinham uma guerra muito grande a vencer – Segunda Guerra Mundial e estavam longe do Movimento –, e nós tínhamos uma outra guerra, espiritual e física – pandemia e afastadas da Igreja e do Movimento. Decidimos a partir daí que seríamos as “mulheres fortes e fecundas no sentido espiritual”.
Mesmo sem dirigente, nós nos empenhamos com a preparação, em que as funções foram divididas, como as reuniões, os preparativos e os capitais de graça, por exemplo. Contudo, veio uma forte preocupação: será que conseguimos fazer a Aliança de forma física?
Pensando em todos esses problemas, ajudando nas reuniões da Jufem, ao mesmo tempo, eu estava mal psicologicamente, com muitas crises de ansiedade e depressão. Mas eu sentia que realmente nasci para algo de grande, e, mesmo querendo desistir de tudo, eu lutava para continuar. Pedia muito à Mãe de Deus para que desse um propósito às minhas lutas e, ao mesmo tempo, entregava todo o sofrimento para a Mãe de Deus, e tudo por Schoenstatt.
Lembro que uma vez já estava prestes a desistir, mas fiz uma oração à Mãe de Deus em que dizia: “Eu sei o que previste para mim. Seja alegria ou sofrimentos, sei que nunca estou só, e por isso entrego tudo por Schoenstatt e pela Igreja. Entrego minha alegria e meu sofrimento, entrego tudo pela Obra, não mais quero sofrer sozinha.” E foi a partir daí que dei sentido ao meu sofrimento.
Nossa Aliança estava marcada para a data de 18 de outubro de 2020. Mas, como a Divina Providência nunca nos abandona, a pandemia estava sob controle na nossa região, e conseguimos fazer nosso retiro e selar nossa Aliança com nossos familiares e convidados.
A partir daí, fomos chamadas a lutar nas novas guerras do mundo, sendo as mulheres fortes e fecundas no sentido espiritual. E foi desde a Aliança de Amor que selei com a Mãe de Deus que senti que meu coração pertencia a ela e o dela a mim. Passar por todas as crises se tornou mais fácil, e sinto que sou uma mulher nova e forte. Deus conduz meu barco até mesmo nas tempestades.
“O Pai tem o leme nas mãos, embora eu desconheça o destino e a rota.” (RC 399)
Por Ana Clara de Souza Nascimento, Jufem Mairiporã – Regional Sudeste