Namoro: construir juntos uma escada para o céu

O dia dos namorados está chegando. A data celebra uma fase muito importante. O tempo do namoro é muito importante para crescimento individual e do casal. Um relacionamento saudável ensina a aceitar, ceder, respeitar e ponderar. Neste tempo, os jovens aprendem muito sobre o que Deus quer de cada um, entende sua vocação como um grande presente e vive, com profundidade e discernimento, cada um dos ideais que escolheu para sua vida. Através de atitudes autênticas, firmeza em seus ideais, abertura para compreensão e aceitação do outro, este tempo é reservado para conhecer-se e conhecer o outro melhor e, decidir, livremente pelo matrimônio, ou não.

A essência da Jufem é cultivar um relacionamento profundo de vinculações: ao outro, a Deus, a si mesma. Viver tal organicidade põe abaixo o marasmo, a superficialidade de muitas relações atuais e propõe uma constante busca as mais elevadas aspirações de santidade.

Padre José Kentenich, em sua palestra “Sol resplandecente de amor”, diz:

“[…] através de tudo o que fazem procuram que Cristo nasça nas almas. Se namoram um jovem e seu coração está inflamado por ele, não esqueçam nunca que sua tarefa consiste em cuidar que Cristo nasça no coração dele.” (Padre José Kentenich, Santuário Tabor, Santa Maria/RS, 1949)

Pensando nisso, teremos um especial de namoro durante essa semana! Uma representante de cada regional compartilhará sua experiência para edificar as referências de todas nós que aspiramos um namoro em Cristo.

“Meu nome é Gabriela, namoro há quase cinco anos e, mesmo assim, falar sobre namoro não é uma tarefa tão simples. Digo isso porque relacionar dois universos e fazer dar certo é uma tarefa que precisa de amor! Mas não é daquele amor apaixonado do começo de relacionamento; é o amor no pequeno.

Sempre escutamos que namoro é uma experiência para sabermos se aquela pessoa será seu esposo ou esposa. Para mim, namoro é sim essa preparação, e, ainda mais que a preparação, é um olhar para si, lá no fundo, e se preparar para mostrar para o outro tudo o que lá existe. É começar um trabalho de desfazer os nós que custam para serem desfeitos, para que você permita que a pessoa habite ali. É entender que cada um tem uma história de vida, gostos, traumas e escolher amar tudo o que ela traz na “bagagem”. É ter responsabilidade afetiva e nos acostumar a nos colocarmos sempre no lugar do outro, e, algumas vezes, abrir mão da nossa vontade. É entender que ninguém é perfeito e que nascemos com muitos defeitos, mas que, com a ajuda recíproca, esses defeitos podem se tornar menores.

Namoro não é somente se abrir para alguém, mas sim, permitir que Deus use do outro para nos ensinar, nos fazer crescer! É entender que é uma vontade de Deus e que eu sou um instrumento em sua vida, e ele na minha! Ambos ajudando no crescimento mútuo, dia após dia, construindo uma “escadinha para o céu”. E por fim, é entender que nenhum relacionamento é perfeito. Aliás, nunca será! Senão, não teria a menor graça! Evoluir e vibrar pela evolução do outro. Essa é a verdadeira graça.”

Testemunho enviado por Gabriela Mafra – Londrina, Regional Paraná