É véspera de Natal! Celebramos o Milagre da Noite Santa!
O eterno Pai nos envia o seu Filho muito amado, para que nele nos tornemos seus filhos. Repletos de alegria, esperamos o novo nascimento de Cristo em nossos corações. Contemplamos o Deus Menino no presépio e junto dele, Maria, a grande Portadora de Cristo, a que nos traz Cristo.
Como Família de Schoenstatt também recordamos o fato histórico do “Milagre da Noite Santa”. Revivemos também o grande momento no qual Deus atuou na história de nossa Família de Schoenstatt, com a irrupção do Divino no primeiro e no segundo “Milagres da Noite Santa”.
Mas o que é o Milagre da Noite Santa em Schoenstatt?
Tudo começou na II Guerra Mundial. No dia 20 de setembro de 1941, o Pai e Fundador de Schoenstatt foi detido pela Polícia Secreta Alemã (Gestapo) por ser considerado perigoso para o regime Nazista que dominava a Alemanha.
Por ocasião do Natal, no dia 22 de dezembro, celebrou-se no hospital de Coblença a festa de Natal dos funcionários e dos doentes. A Irmã Mariengard, fortemente impressionada pelo contraste entre esta bela celebração e a situação do Pe. Kentenich na prisão, decidiu escrever uma carta ao Menino Jesus, pedindo-lhe, como presente, a liberdade do Fundador e Pai Espiritual da Família de Schoenstatt: “Tu não poderias, quando desceres a terra na noite de Natal, enviar um Anjo ao Pai?” O Anjo deveria preparar o caminho do Pe. Kentenich para Schoenstatt, ao Santuário da Mãe de Deus, para que lá pudesse contemplar o milagre da Noite Santa. Mais tarde se falaria do regresso do Pe. Kentenich da prisão como um “novo milagre da Noite Santa”.
Nosso Pai e Fundador, através desta singela carta, deixando-se dirigir pela Divina Providência, reconhecera a “Lei da Porta aberta”, por isso, sentado, em sua cela de prisioneiro, escreve:
“Minha querida pequena Mariengard: Cumprirei o teu desejo, quando teu coração e o coração de toda a Família se tiver convertido num florescente Jardim de Maria; portanto, a realização do teu pedido, o ‘Milagre da Noite Santa’ está em tuas mãos e nas mãos dos filhos de Schoenstatt.”
Mais que uma expressão bonita e terna, o Jardim de Maria é uma expressão de fé e de solidariedade de destinos, entre os membros da Família de Schoenstatt.
Assim, após muitos sacrifícios e contribuições ao Capital de Graças, no dia 20 de maio de 1945, realizou-se o primeiro Milagre da Noite Santa.
Segundo Milagre da Noite Santa
O segundo Milagre da Noite Santa está ligado ao terceiro marco de nossa história.
O 31 de maio de 1949 despertou novamente a aspiração ao heroísmo do Jardim de Maria, na mais profunda comunhão de sorte e destinos com nosso Pai e Fundador, na corresponsabilidade por sua missão para a Igreja.
Nosso Fundador viveu um longo advento preparando seu coração; um advento de anos de espera, silêncio, confiança, para que Cristo nascesse sempre de novo em nosso Santuário Belém. Tudo o que é grande nasce e desabrocha no silêncio. Após 14 anos de exílio, ele pôde regressar a Schoenstatt.
Este “Milagre” está sempre ligado ao nosso pequeno Santuário, ao nosso Schoenstatt-Belém e ao florescente Jardim de Maria.
De Roma, nosso Pai e Fundador escreveu à sua Família de Schoenstatt:
“Em 22 de outubro de 1965, considerando os 14 anos passados, com mais razão do que em 1945, pudemos entoar nosso Hino de Gratidão. Pudemos constatar que não caíram só as pesadas algemas exteriores, mas também algemas interiores […].
O ‘Milagre da Noite Santa’, neste ano, tornou-se realidade num grau como nunca até então. É a garantia de que, ano por ano, ele continua a realizar-se mais perfeitamente, até que a Família experimente o prosseguimento na eternidade (13.12.1965).
Na noite Santa de 1965, nosso Pai e Fundador pôde voltar à sua Família. O Jardim de Maria, novamente, mandou “muitos anjos” para liberar o caminho para o Pai. No Santuário Original, com representantes de todas as Comunidades de Schoenstatt, ele celebrou a santa Missa da meia-noite, o Sacrifício de ação de graças, para glorificação do Deus Trindade e louvor de nossa Mãe e Rainha.
Padre Kentenich foi para Dachau, passou pelo exílio e enfrentou grandes desafios pela missão que Deus lhe confiara. O segundo Milagre da Noite Santa se realizou exatamente na Noite Santa de 1965.
O Jardim de Maria é um aprofundamento da nossa Aliança de Amor. Cultivar o Jardim de Maria em nosso coração é um desejo de ser semelhante a Maria, é pedir à Mãe: Glorifica-te em nós, forma a tua imagem florescente em nós, tu que és o grande Jardim de Deus!
Querida Jufem, não deveríamos também, hoje, acelerar o cultivo do Jardim de Maria do nosso coração, em toda a Família de Schoenstatt, para chegarmos a uma grande florescência, num empenho corajoso e confiante pela canonização de nosso Pai e Fundador?
As palavras de nosso Fundador para Ir. Mariengard, hoje são dirigidas a todos nós filhos de Schoenstatt:
“Cumprirei o teu desejo, quando o teu coração e o coração de toda a Família se tiver convertido num florescente Jardim de Maria; portanto, a realização do teu pedido, o ‘Milagre da Noite Santa’ está em tuas mãos e nas mãos dos filhos de Schoenstatt. Apressa-te para que não fique tarde demais.” (Natal de 1941).
Por: Irmã Eliza Maria Silva, Regional Sudeste
Edição: Bárbara de Mélo, Jufem Garanhuns/PE- Regional Nordeste
Fonte imagem:https://schoenstatt.org.br/tag/milagre-na-noite-santa/