Estamos nos aproximando do dia jubilar, juntas vamos celebrar a vida e os ideias surgidos nestes 80 anos de história!
Mesmo vivendo o isolamento social e muitos outros desafios, a consciência de missão nos traz alegria em nossos corações e unidas de norte a sul, em nós deve brilhar a chama: “Lírio do Pai, Tabor para o mundo”!
Hoje convido você a conhecer alguns fatos de nossa história. Momento únicos vividos em Schoenstatt para firmar nosso sim a missão Schoenstattiana.
13 e 17 de setembro de 1965
São duas datas que não podemos deixar de conhecer e guardá-las no coração e, assim partilhar a comunhão de destinos com a vida de nosso querido Pai e Fundador no período do seu Exílio nos Estados Unidos.
Hoje somos nós chamadas a levar Schoenstatt e a realizar a missão, chegou a hora de nossa geração!
Vamos com nossa Rainha da Promessa ser a mulher nova, a exemplo de Maria, que realizou plenamente a missão. Cada mulher é, em sua essência, uma promessa de Deus para a humanidade!
Por causa da missão Mariana de Schoenstatt Pe. Kentenich vive e se entrega por sua fundação em todos os momentos, também no exílio.
É uma história com muitos episódios. Às vezes fica até difícil de explicar, mas vamos lá!
Por determinação da Instituição existente na época, chamada Santo Oficio, Pe. kentenich teve de sair da Europa e passa a residir em Milwaukee/EUA.
Conhecemos o espírito ousado do Pe. Kentenich. Em meio a tantas lutas e dificuldades ele está muito enlaçado à sua Família. Vai para o exílio com a consciência de que sua missão continua, mesmo nas mais variadas adversidades.
Com toda convicção diz: “Quem tem uma missão deve cumpri-la, mesmo que precise atravessar a mais negra escuridão…” (José Kentenich – Uma vida à beira do vulcão, Dorothea M. Schlickmann, página 277.)
Já pensaram o que representou, tantos anos longe de sua Família espiritual? Foi um período em que a Igreja passava por uma transição histórica, antes do Concilio Vaticano II. Ele foi injustamente levado a este tempo de provação.
Renuncia a sua honra e a sua Família!
Nosso Pai e Fundador experimentou profundamente esta provação, durante seus 14 anos em Milwaukee: Foi vítima de intrigas, calúnias e manteve calmo diante destas injustiças. Estava consciente de ter uma missão para séculos! Sofreu muitas acusações falsas. Você pode imaginar, o que isso significa?
Nós muitas vezes sofremos e choramos, quando nos acusam de algo que nós não fizemos. Que sofrimento quando percebemos que alguém não entende o nosso jeito de ser, não é verdade? Aqui podemos ver a grandeza do Pe. Kentenich e sua atitude heroica e santa!
Ele vive o exílio sem saber se um dia poderia voltar a sua Terra de Schoenstatt. Mas uma coisa era certa: a confiança vitoriosa na querida Mãe e Rainha e na Aliança de Amor.
A história de um Misterioso telegrama!
Partilho com você o contexto histórico vivido pelo Fundador e toda a Família de Schoenstatt em setembro de 1965.
Era uma segunda-feira, 13 de setembro. Chega a Milwaukee/EUA um telegrama da Direção Geral dos Padres Pallottinos comunicando ao Fundador, que ele deveria apresentar-se imediatamente em Roma. Ele não pensa duas vezes, organiza tudo, faz suas malas e sem demora parte para Roma. Sua sorte estava lançada. O que o futuro lhe reservaria?
Vamos acompanhar o relato da primeira pessoa a saber sobre o telegrama, a Sra. Gertrud Gramlich, então superiora geral do Instituto de Nossa Senhora de Schoenstatt. (Schoenstatt Semana de Outubro de 1990)
“No dia 14 de setembro de 1965, pelas três horas da madrugada, duas senhoras de Schoenstatt telefonaram ao Senhor Padre, em Milwaukee… Ele pediu-lhes para telefonarem ao Padre Menningen em Schoenstatt, porque ele não conseguia entrar em contato com ele. O Senhor Padre recebera um telegrama dizendo que devia viajar para Roma… As duas não perguntaram mais nada e telefonaram à sua superiora regional. Ela telefonou em seguida para Milwaukee. O Senhor Padre pediu-lhe que procurasse o Padre Menningen… Ela tentou às 4h 30min, mas não o encontrou. Por isso às cinco horas ligou para mim. Às 6h 30min, encontrei o Padre Menningen na sacristia da Casa de Formação (Schulungsheim) e pedi-lhe que ligasse para o Senhor Padre. Quando ele escutou a notícia, ficou vibrante de alegria…”
A chegada em Roma
Em sua viagem depois de uma breve estada em Nova Iorque, chegou em 17 de setembro a Roma. Jamais se poderia imaginar que a sua chegada fosse causa grande confusão.
Afinal, ninguém sabia quem havia enviado esse telegrama. A direção dos Pallotinos nega ter escrito qualquer carta, ou telegrama. Os filhos de Schoenstatt também não desobedeceriam uma ordem da Igreja. Todos questionam e ninguém descobre o autor da mensagem. Mas, afinal, de onde e de quem partiu esse comunicado?
Ninguém sabe a resposta dessa pergunta. A empresa que enviou o telegrama não tinha nenhum registro dessa atividade. É um mistério que permanece aberto até os nossos dias e leva à nossa reflexão.
Como entender isso? Como explicar?
Em muitos relatos encontramos que o Pe. Kentenich sempre pedira à Mãe de Deus que seu exílio terminasse de modo a não restar dúvidas, sobre a identidade da pessoa a quem se devia a honra, sabemos que tudo ele atribuiu a sua e nossa Rainha da Aliança.
Vamos acompanhar o que diz a Sra. Gertrud Gramlich:
“No dia 22 de setembro, o Pai e Fundador telefonou-me de novo e a primeira coisa que disse foi, se eu sabia que o telegrama era de São Miguel. – ‘Sim’, disse eu, ‘ontem à noite, num telefonema, disseram-me que o telegrama foi providenciado por São Miguel, por iniciativa da Mãe de Deus’. O Senhor Padre disse então: ‘Imagine, se a senhora recebesse um telegrama de São Miguel!’ – ‘Meu Deus!’, disse eu, ‘dou graças a Deus se não receber nenhum.’ O Senhor Padre disse, que também essa era a sua atitude: nada de extraordinário. Mas quando é necessário, Deus também realiza milagres!”
Por isso o Pe. Kentenich, mais tarde ao falar do misterioso telegrama, confessou singelamente que aqui não se tratava de outra coisa senão de uma intervenção extraordinária daquela que sempre manifestou seu poder em sua vida e na história de Schoenstatt: a Mãe de Deus, a Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
Assim vemos os sinais da Divina Providência na vida de nosso Fundador. E nos perguntamos. O que esses acontecimentos pode nos ensinar? Podemos ver como Deus escreveu nossa história, que ao conhecermos todos estes fatos vivenciados, vamos nos inserindo nessa vida que flui como uma torrente, que sempre mais nos envolve a partir da fonte de graças, o Santuário.
Nossa dinâmica de Ramo, nos fala de vida e esperança, trazemos toda nossa gratidão, espiritualidade, aspiração e estilo de vida.
Seguimos os passos das primeiras gerações e buscamos caminhar com ousadia nestes novos tempos, fortalecidas através de nossas atitudes e autoeducação, a filialidade heroica, a pureza e a missão apostólica.
Estes 80 anos nos encoraja como Juventude Feminina do Brasil, a sermos reflexos originais e autênticos da Mãe de Deus, a partir da Aliança de Amor e do carisma de Schoenstatt.
Por: Ir. M. Jacinta – Assessora Jufem, Regional Paraná
Edição: Pamella Carvalho – Regional Paraná