Schoenstatt é meu mundo, meu mundo profissional deve tornar-se Schoenstatt!
Sou Síbila Landim, nasci em São José dos Campos e atualmente moro em Campinas. Tenho 22 anos, e faço parte da Jufem há quase 5 anos. Sou formada em Terapia Ocupacional e gostaria de compartilhar um pouco com vocês sobre minha profissão e a forma como vivo Schoenstatt através dela.
A Terapia Ocupacional é uma profissão da área da saúde que promove a prevenção, o tratamento e a reabilitação. Cuida de pessoas que necessitam de atenção com relação aos problemas físicos, sensoriais, mentais, emocionais e sociais, que limitam a participação nas atividades. O terapeuta ocupacional busca, portanto, tornar a vida das pessoas mais participativa, acessível, autônoma e funcional, facilitando o desempenho e ampliando as capacidades do indivíduo.
Durante toda a sua vida, o Padre José Kentenich ocupou-se da ação social. Dizia: “Não há uma educação verdadeira sem o reconhecimento dos grandes problemas sociais de nosso tempo e sem o manejo de meios idôneos para poder superá-los. Devemos ter um pensamento com atitude social, que consiste na consideração dos demais, em ter a compaixão ante a miséria alheia para poder dar uma rápida e oportuna resposta baseada no amor e na bondade.”
O profissional da terapia ocupacional também pode fazer da profissão uma prática social, pois o maior objetivo da profissão é dar o máximo de independência para o indivíduo e assim irá interferir diretamente em aspectos biopsicossociais e consequentemente em sua qualidade de vida.
“Não se trata somente de obras sociais, mas sim de um espírito social, de virtudes como o respeito, a dignidade, o irradiar amor, paz e alegria, a crença no que há de bom em cada pessoa, em sua missão, dignidade e o seu valor como filho de Deus”. (Padre José Kentenich)
Se colocarmos a mão no pulso do tempo, constataremos que o mundo está pedindo por proteção e pela dignidade da vida, ao intervir diretamente com enfermos, idosos e crianças especiais, colaboramos com a obra de nosso Pai fundador.
A partir desses fatos gostaria de compartilhar com vocês um momento específico no qual pude certificar-me que Schoenstatt pode estar presente em todos os momentos de nossas vidas, inclusive na vida profissional.
A universidade na qual me formei, oferecia um estágio obrigatório na unidade do PSF- programa Saúde da Família localizado no Parque meia Lua, Cidade de Jacareí Estado de São Paulo, o objetivo desse estágio era identificar famílias a serem beneficiadas em suas necessidades emergentes pelos profissionais da terapia ocupacional e fisioterapia. O caso que mais marcou a minha vida profissional e também cristã, foi a de um paciente com 53 anos de idade, usuário do programa saúde da família, que sofreu uma queda de própria altura ocasionando traumatismo raquimedular com diagnóstico de tetraplegia. A princípio a proposta do trabalho foi identificar áreas problemas do desempenho ocupacional e a partir daí propor soluções utilizando os recursos de adaptações simples com materiais baratos pela terapeuta ocupacional, além da ajuda de uma fisioterapeuta em relação a treino de coordenação motora e ganho de força muscular. Com esse trabalho o paciente voltou a barbear-se, escrever, alimentar-se, ler, colocar e tirara a camiseta e ensaboar-se sozinho. A cada nova conquista o paciente se emocionava muito e agradecia aos profissionais que estavam interferindo diretamente em sua qualidade de vida. Olhando nesta perspectiva qualquer terapeuta ocupacional e fisioterapeuta qualificado poderia desempenhar essas atividades, mas a história desse paciente não é tão simples, o motivo da lesão medular foi uma queda da própria altura que o paciente sofreu pois chegava todos os dias alcoolizado em sua casa, e agredia sua esposa e filho. Ao entrar dentro da dinâmica familiar do paciente, senti grande resistência por parte da esposa, pois ela já havia sofrido muito com as agressões e traições, e se negava a ajudá-lo, por isso com poucos movimentos e sem nenhuma orientação, o paciente passava todos os dias trancado em seu quarto tendo cuidados básicos muito precários. A partir daí me propus a intervir como terapeuta ocupacional e schoenstattiana, não somente nas horas obrigatórias de estágio, mas também em meus horários livres. Então pude notar a mudança não somente nas Atividades básicas de vida diária que o paciente gradativamente ganhava, mas uma mudança em toda uma dinâmica familiar. No final do trabalho pude observar muitos ganhos não somente em aspectos motores e de independência funcional, mas também no aumento da auto-estima, inclusão social e uma mudança de atitude radical em relação ao respeito com a família. Relato do paciente: “…Depois que vocês começaram a vir à minha casa, muitas coisas mudaram para melhor, serei eternamente agradecido a vocês percebo que vocês fazem com o coração.”
Muitas vezes, precisamos cumprir certas obrigações rotineiras em nosso trabalho que acabamos nos esquecendo que podemos ser Schoenstatt e fazer a diferença também nesses momentos. Não importa qual trabalho você desempenha, sempre poderemos fazer o nosso melhor e entregar em contribuição a C.G diariamente. “Não é o que você faz, mas quanto amor dedica no que faz que realmente importa” (Madre Tereza de Calcutá). Como diria o nosso Pai fundador devemos sempre fazer o ordinário extraordinariamanete bem. Acredito que será dessa forma que iremos conseguir vivenciar Schoenstatt não somente em nossa trabalho mas em todos aspectos de nossa vida.
Em todas as diferentes atividades, todos compartilham a paixão pela dignidade de cada ser humano e o desejo de criar em todos os âmbitos da sociedade uma cultura de Aliança.
“Bendito seja este instrumento de minha santificação.” P.K
Obrigado por existir e fazer a diferença! 😉
Oi Dricks, fico feliz em compartilhar um ideal tão bonito com vc 😀 sdds!!! Fique com Deus!!!
Também adorei o site, ficou ótimo. Parabéns meninas 😉
Parabens pelo depoimento Sibila, pode ter certeza que faz a diferenca na vida das pessoas que atende e em suas familias tanto pela tua profissao, quanto pelo fato de ser schoenstatteana!! Que a Mae sempre abencoe teu trabalho!! Com carinho, Martina (JUFEM Sta Maria/ Porto Alegre)
Obrigada Martina, de fato a Mãe sempre está abençoando!!! 🙂
Obrigada Martina, de fato a Mãe está sempre abençoando!!! 🙂
Síbila, que lindo!
Por eu sabe como você é e por ser a profissão da minha irmã. Lembra, quando nos conhecemos ela estava começando a faculdade, nem sabia o que era direito. Mas agora vejo todo o trabalho dela e admiro muito essa escolha!
Estou morrendo de saudades e não esqueci da visita no grupinho de ALM
Beijos!
Mari querida, obrigada pelo carinho.
Estamos com um grupo novo da JUFEM em Campinas, venha participar conosco!!!
SAUDADES! s2